ATM. Decisão da CMVM sobre OPA de Isabel dos Santos "não surprendeu"

Wednesday, 17 December 2014 23:51 atm
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"É uma decisão esperada. Não surpreende. Aliás se tivesse surpreendido é que seria preocupante".

É desta forma que Octávio Viana, presidente da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), reage à posição da CMVM de que Isabel dos Santos terá de aumentar o valor da OPA à PT SGPS, atualmente nos 1,35 euros por ação, para obter o pedido de derrogação de uma OPA obrigatória, uma das condições para que oferta chegue ao mercado.

Leia mais aqui: ATM. "Não acredito que CMVM aceite registo se Isabel dos Santos mantiver derrogação de OPA obrigatória"

A ATM há muito alertava que o preço oferecido pela empresária aos acionistas das PT SGPS não cumpria os critérios para que a derrogação da OPA fosse concedida. "Agora Isabel tem três hipóteses: ou retira a OPA, ou sobe o preço ou deixar cair o pedido de derrogação de OPA",diz Octávio Viana, considerando que se optar por esta última hipótese a empresária angolana corre o risco dos acionistas esperarem pelo lançamento da oferta subsequente, com um melhor preço, e a OPA acabar por não alcançar o valor mínimo de 50,01% colocado como uma das condições de sucesso da oferta.

"O que faz sentido, o mais sensato, é que Isabel dos Sants suba o preço da oferta, forma de demonstrar que esta é uma oferta séria, de respeito pelo mercado e pelos acionistas", diz Octávio Viana. Subir o preço da oferta "esvaziaria parte dos argumentos do conselho de administração da PT SGPS", continua.

A PT SGPS considerou que o preço oferecido pela empresária não era reflectia o valor justo da empresa.

Subir o preço, considera Octávio Viana, poderia levar acionistas como o Novo Banco (12,6%) ou o do Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social (2,28%) reconsideram posição.

"Estes acionistas têm de cumprir com o dever fiducionário, com um valor superior de oferta é mais dificil votar favoravelmente a venda da PT Portugal, quando isso pode pôr em causa a OPA, já que podem obter maior encaixe do que com a fusão com a Oi", argumenta.´

Por Ana Marcela

in Dinheiro Vivo

 
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